TRÍDUO PASCAL: O QUE SIGNIFICA?
27.03.2024 - 18:30:00 | 5 minutos de leitura

Por: Renan
Dantas - Diocese de Juína
À medida
que nos aproximamos da Páscoa do Senhor, é inevitável mergulhar no Tríduo
Pascal, uma celebração que transcende as convenções comuns do feriado e nos
convida a uma reflexão mais profunda sobre nossa fé. Este período, que abrange
a Quinta-feira Santa e Domingo de Páscoa, não é apenas uma série de eventos
religiosos, mas sim uma oportunidade para mergulhar nos mistérios centrais da nossa
fé.
Além de ser
uma época de reflexão espiritual, o Tríduo Pascal nos lembra da importância de
observar os preceitos religiosos, conforme mencionado no Cânone 1.247 do
Código de Direito Canônico, que estabelece a obrigação dos fiéis
participarem da Missa nos dias santos de preceito, como os dias do Tríduo
Pascal.
VARIAÇÃO
DAS DATAS DA PÁSCOA
A variação da data da Páscoa, entre os dias 22 de março e 25 de abril, está relacionada à decisão do Concílio de Niceia, em 325 d.C., que determinou que a solenidade ocorresse no domingo após a primeira lua cheia do equinócio da primavera (Equinócio de primavera é o fenômeno astronômico que marca o início oficial desta estação. No Brasil e em todo o Hemisfério Sul, este evento ocorre no mês de setembro.Como o próprio nome sugere, o equinócio de primavera representa o fim do inverno (estação anterior) e começo da primavera. Durante o fenômeno, o sol incide com maior intensidade na região equatorial da Terra, fazendo com que o dia e a noite tenham exatamente a mesma duração (12 horas cada).Os equinócios marcam o início da primavera e do outono, dependendo do hemisfério e do período do ano em que forem observados). Esta decisão garante que a Páscoa seja sempre celebrada no início da primavera, simbolizando o renascimento e a renovação.
A UNIDADE
DO TRÍDUO PASCAL: UMA CONTINUIDADE DE CELEBRAÇÃO
Apesar da diversidade
de rituais e práticas ao longo do Tríduo, esses dias formam uma única e
contínua celebração. Isso nos lembra da comunhão entre os mistérios da Paixão,
Morte e Ressurreição de Cristo.
OS
SIGNIFICADOS DE CADA DIA DO TRÍDUO
QUINTA-FEIRA
SANTA: A INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA E DO SACERDÓCIO
Divulgação
A
Quinta-feira Santa marca a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio por Jesus
Cristo, como registrado nos Evangelhos (Mateus 26, 26-28; João 13, 1-17).
Neste dia, durante a Última Ceia, Jesus partilhou o pão e o vinho com seus
discípulos, instituindo assim o sacramento da Eucaristia. Além disso, ele
demonstrou humildade ao lavar os pés dos apóstolos, ensinando-lhes o verdadeiro
significado do serviço e do amor ao próximo. A carta do Papa São João Paulo II aos
sacerdotes, por ocasião da Quinta-feira Santa em 1999 (Vaticano, 14 de
março — IV domingo da Quaresma — do ano 1999, vigésimo primeiro de Pontificado), destaca a importância do “Triduum Sacrum" Tríduo
Sacrum e convida os fiéis a participarem plenamente nos mistérios da Paixão,
Morte e Ressurreição de Cristo. Vale ressaltar que a celebração da Quinta-feira
Santa não inclui a bênção final, em sinal de que a celebração continua no
Tríduo Pascal.
SEXTA-FEIRA
SANTA: REFLEXÃO SOBRE A PAIXÃO E MORTE DE CRISTO
Divulgação
A
Sexta-feira Santa é um dia de profunda reflexão sobre a Paixão e Morte de Jesus
Cristo. Os fiéis são convidados a meditar sobre o sacrifício de Cristo pela
humanidade, expresso na sua crucificação. Durante as celebrações deste dia, a
Igreja conduz os fiéis numa caminhada espiritual, através das leituras da
Paixão, da adoração da cruz e da oração pelos pecadores. É um momento de
silêncio e contemplação, no qual os cristãos são chamados a se unir ao
sofrimento de Cristo e a renovar seu compromisso com a redenção. Vale ressaltar
que a Sexta-feira Santa é o único dia do ano em que não há celebração de Missa,
como uma expressão simbólica do luto pela morte de Cristo.
SÁBADO
SANTO: A ESPERA PELA RESSURREIÇÃO E A VITÓRIA SOBRE A MORTE
Divulgação
O Sábado
Santo é um dia de espera e expectativa pela Ressurreição de Cristo. A Igreja
permanece em vigília, aguardando com esperança o momento da ressurreição. Este
dia também é uma oportunidade para meditar sobre a descida de Cristo ao
inferno, onde ele libertou os justos e preparou o caminho para a redenção da
humanidade. A liturgia deste dia ressalta a vitória de Cristo sobre a morte e a
promessa da vida eterna para aqueles que creem nele. Durante a celebração da
Vigília Pascal, tradicionalmente realizada na noite do Sábado Santo, os fiéis
acendem o fogo novo e renovam suas promessas batismais, simbolizando o
renascimento espiritual e a vitória da luz sobre as trevas.
À medida
que nos preparamos para celebrar a Páscoa do Senhor, é essencial reconhecer a
profunda importância do Tríduo Pascal em nossas vidas espirituais. Este tempo
sagrado não apenas nos convida a refletir sobre os mistérios centrais da nossa
fé, mas também nos convoca a participar ativamente nas celebrações da nossa
comunidade paroquial.
Ao
compreender os profundos significados de cada dia do Tríduo - desde a
instituição da Eucaristia e do sacerdócio na Quinta-feira Santa, passando pela
reflexão sobre a Paixão e Morte de Cristo na Sexta-feira Santa, até a espera
jubilosa pela Ressurreição no Sábado Santo - somos levados a uma jornada
espiritual de renovação e redescoberta.
Neste ano,
convidamos cada fiel a mergulhar nos rituais e na comunhão da nossa comunidade
paroquial durante o Tríduo Pascal. Que possamos nos unir em oração, reflexão e
serviço, fortalecendo assim os laços que nos ligam como membros do Corpo de
Cristo. Que esta Páscoa seja uma época de renovação espiritual e de
aprofundamento da nossa fé, à medida que celebramos juntos a vitória de Cristo.
Informações:
Dicastero per la
Comunicazione - Libreria Editrice Vaticana
Código de Direito Canônico - CDC
Edições Nacional
– CNBB
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