IDE E CONVIDAI A TODOS PARA O BANQUETE
18.10.2024 - 12:05:00 | 4 minutos de leitura

A missão é uma ação dada a todo batizado, em obediência ao mandato de Jesus: “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Ela deve ser compreendida de forma ampla, atendendo a um contexto universal. Contudo, podemos refletir sobre esse mandato a partir do nosso cotidiano e da perspectiva cristã católica.
Desde o início, o mandato missionário de Jesus vem acompanhado de advertências. Ele nos instrui: “Sede prudentes como as serpentes e sem malícia como as pombas” (Mt 10,16), alertando-nos sobre os desafios no caminho. Quando diz: “Se alguém não vos recebe e não dá ouvidos às vossas palavras, saí daquela casa ou daquela cidade e sacudi o pó de vossos pés” (Mt 10,14), nos convida a refletir sobre a rejeição e o acolhimento da mensagem de salvação.
O modo de vida de Jesus demonstra como enfrentar os desafios da missão. Ele encontrou quem aplaudiu e acolheu sua mensagem, mas também quem o rejeitou. No entanto, sua missão sempre buscou transformar a vida humana para ser mais justa, fraterna e feliz. Sua obediência ao Pai era total, sem se importar com o preço a ser pago: “Ninguém tira minha vida, mas eu a dou livremente” (Jo 10, 17-18).
A missão cristã, ao ser realizada, propõe um mundo diferente, mais justo e solidário. Ela evoca e interpela, encontrando diversas reações, dependendo da disposição espiritual e emocional de cada destinatário. O mundo é plural, misturado em cores, etnias, culturas e crenças, e a missão desafia essa diversidade ao propor uma mensagem universal de amor e transformação.
Jesus enfrentou a novidade de sua mensagem com coragem, obediência e entrega. Sua missão era a de cumprir a vontade do Pai, mesmo sabendo das provações e do sofrimento que o aguardavam. A missão não é algo romântico ou fácil; é árdua, exige paciência, perdão e trabalho contínuo. Como Jesus disse, somos enviados como ovelhas entre lobos, o que nos alerta sobre os desafios e as dificuldades do caminho missionário.
O missionário deve caminhar com desprendimento, sem pressa de ver resultados imediatos. A conversão e o seguimento de Jesus acontecem gradualmente, e a missão segue essa mesma lógica: contínua, perseverante e feita com gratuidade e amor. Envolvendo cura, ajuda, esperança e encontros verdadeiros, a missão traz consigo simplicidade e confiança no cuidado providencial de Deus.
A graça de sermos missionários começa no dia do nosso batismo, que é o ponto de partida para essa grande tarefa. O batismo nos marca com o sinal indelével de sermos filhos amados de Deus e nos faz corresponsáveis pela propagação do Evangelho. Cada batizado é chamado a ser missionário.
Na minha trajetória vocacional, sempre carreguei o desejo de ser missionário, especialmente entre os povos indígenas. Ao longo dos anos, vi como Deus me conduziu nessa direção. Depois de anos de trabalho na Diocese de Juína, percebo que a missão é uma grande responsabilidade, e nossa diocese, por sua história de acolhimento e ajuda de missionários de várias partes do mundo, também deve se voltar para aqueles que mais precisam.
Dom Franco, ao visitar a Diocese de Caxias do Sul, perguntou por que eu desejava ir para a África, quando o Mato Grosso também precisava de missionários. Essa pergunta ecoa até hoje em meu coração, especialmente quando vejo Juína se desenvolvendo como uma diocese missionária. O desejo é que, após receber tanta ajuda, também possamos olhar para outras realidades necessitadas.
A missão de Jesus e dos seus discípulos, bem como de tantos missionários que deram suas vidas, como Irmã Teresa Marangoni em Cotriguaçu, nos inspira a sermos generosos em nosso serviço aos mais pobres. A missão é um chamado de Deus, um serviço de amor que transforma vidas e traz esperança para aqueles que mais precisam.
Que Juína, nossa diocese missionária, continue a ser uma igreja de periferia, comprometida com a missão de Deus no mundo, olhando com amor para os mais necessitados e levando a mensagem do Evangelho a todos os cantos.
"A missão para todos requer o empenho de todos. Por isso é necessário continuar o caminho rumo a uma Igreja, toda ela, sinodal-missionária ao serviço do Evangelho." (Papa Francisco)
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